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Carl Gustav Jung e a Psicologia Analítica

“Tenho visto as pessoas tornarem-se frequentemente neuróticas quando se contentam com respostas erradas ou inadequadas para as questões da vida. Elas buscam posição, casamento, reputação, sucesso externo ou dinheiro, e continuam infelizes e neuróticas mesmo depois de terem alcançado aquilo que tinham buscado. Essas pessoas encontram-se em geral confinadas a horizontes espirituais muito limitados. Sua vida não tem conteúdo ou significado suficientes. Se tem condições para ampliar e desenvolver personalidades mais abrangentes sua neurose costuma desaparecer.” Jung

Carl Gustav Jung (1875-1961), um psiquiatra suíço e psicanalista, é uma figura seminal na psicologia. Ele fundou a psicologia analítica e introduziu conceitos revolucionários como arquétipos, inconsciente coletivo e sincronicidade. Vamos explorar esses conceitos em detalhes e entender o impacto duradouro de Jung na psicologia.

Teoria de Jung

Arquétipos

Jung propôs a ideia de arquétipos, que são imagens ou conceitos universais que residem no inconsciente coletivo de todas as pessoas. Ele escreveu: “Os arquétipos são, por assim dizer, órgãos da pré-razão. Eles são eternos, inalteráveis e invioláveis” (Jung, 1959). Exemplos de arquétipos incluem a Mãe, o Herói, o Sábio e o Enganador. Jung acreditava que esses arquétipos influenciam nosso comportamento e percepções.

Inconsciente Coletivo

inconsciente coletivo é outro conceito central na teoria de Jung. Ele acreditava que, além do inconsciente pessoal, existe um inconsciente coletivo que contém memórias e ideias compartilhadas por toda a humanidade. Este inconsciente coletivo é a fonte dos arquétipos. Jung descreveu o inconsciente coletivo como “uma parte da psique que pode ser negativamente distinguida do ego pessoal, pois inclui em si a vida psíquica de nossos ancestrais desde os tempos mais remotos” (Jung, 1936).

Sincronicidade

sincronicidade é a ideia de que eventos aparentemente não relacionados podem estar conectados de maneira significativa. Jung viu a sincronicidade como uma manifestação do inconsciente coletivo. Ele definiu sincronicidade como “a simultaneidade de dois eventos significativos, mas não causalmente conectados” (Jung, 1952).

Impacto na Psicologia

As teorias de Jung tiveram um impacto profundo na psicologia. Seus conceitos de arquétipos e inconsciente coletivo influenciaram a compreensão da psicologia sobre a personalidade e o comportamento humano. Além disso, a ideia de Jung de sincronicidade tem sido explorada em áreas como a psicologia da religião e a psicologia transpessoal.

A psicologia analítica de Jung também influenciou a prática da psicoterapia. Seu foco na integração dos opostos e na realização do “self” através do processo de individuação continua a ser uma parte importante da terapia junguiana.

Em conclusão, Carl Gustav Jung foi um pensador inovador cujas ideias continuam a influenciar a psicologia até hoje. Seu trabalho oferece uma visão profunda da psique humana e fornece ferramentas valiosas para a compreensão de nós mesmos e dos outros.

Referências

  • Jung, C. G. (1936). The Concept of the Collective Unconscious. Collected Works of C.G. Jung, Volume 9 (Part 1): Archetypes and the Collective Unconscious.
  • Jung, C. G. (1952). Synchronicity: An Acausal Connecting Principle. Collected Works of C.G. Jung, Volume 8: Structure & Dynamics of the Psyche.
  • Jung, C. G. (1959). The Archetypes and the Collective Unconscious. Collected Works of C.G. Jung, Volume 9 (Part 1): Archetypes and the Collective Unconscious.

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